14 junho 2011

Informação em excesso é prejudicial a saúde

Sabe aquela sensação de ter tanta coisa para escolher e ficar perdido? Pois então o meu post de hoje tem um pouco a ver com isso, o excesso que não faz bem. A dúvida não ajuda, mas quanto mais opções temos mais perdidos ficamos, e nossa cabeça não para. A angústia aparece e nos domina. A gente nem percebe mas nosso coração bate diferente, a ansiedade também se faz presente.
Pois bem, hoje vivemos neste mundo, onde tudo e para todos as possibilidades são infinitas, e não param de crescer. Antes do Collor, tínhamos VW, GM, Fiat e Ford, agora qualquer marca e modelo é fácil achar. Para falar com nossos pais da rua era necessário achar um orelhão, agora todo mundo tem um telefone celular. Tudo evoluiu. Além dos livros e escolas nos informávamos primeiro pelo jornal, depois pelo rádio, e depois veio a TV aberta, e não parou mais. Não sei ainda como vai ser para a Maria Emília. Não sei se o Google vai mesmo virar oficialmente um verbo, mas hoje ele resolve tudo. Na verdade não. Ele também esta ai para confundir, frustrar e angustiar. O antigo hábito de fazer consultas a livros e a especialistas está perdendo espaço para ele, o Google. Sabe aquela situação na qual você tinha uma dúvida sobre carro e perguntava para o amigo expert no assunto, pois é, atualmente você pode dispensar o amigo nestas horas. Na verdade é uma opção sua, mas que está muito mais a mão está. Eu mesmo uso o tempo todo. Uma receita de um bom prato ou do mais corriqueiro, digita lá estrogonofe, vão aparecer inúmeras receitinhas. Vão ser diversas, e cada uma para paladares distintos. Umas com carne, outras com frango, incluindo champinhon, outras com conhaque, outras com catchup e mostarda, enfim, diversas. Pois é a informação é coletiva. Você encontra tudo aqui, a questão é separar o joio do trigo. Coisa nada fácil, principalmente se somos leigos. E em matéria de saúde somos todos leigos. Não acredito que o caso de Fulano, Ciclano  ou Beltrano possam ser exatamente iguais em se tratando desta área que muito ainda temos que aprender. Desde o uso de um xarope até o uso de um forte antibiótico, só o especialista, que normalmente chamamos de médico, pode dar opinião. Do latim Medicus, derivado de mederis que quer dizer tratar a doença de alguém- pesquisei no Google! Veja que alguém é alguém e não qualquer um. Claro que estudos são feitos e casos são comparados, e os sintomas iguais ou semelhantes podem ser tratados da mesma maneira. Mas quem define isso é o médico que acompanha o paciente. Alias, essa é outra palavrinha muito interessante e utilizada em duas situações. Uma delas usei aqui, ou seja quem está sendo acompanhado por um médico é um paciente, e aquele que sabe esperar também tem que ser paciente. A questão toda deste post está justamente no impaciente, ou seja aquele que não sabe esperar. Quando alguém como eu, que sou por natureza impaciente, não espera, ele vai atrás. E muitas vezes se dá mal. Mas o que tem isso a ver com o tema deste blog e a medicina. Para alguns já está claro, mas não custa esclarecer. Esta espera que vivemos hoje, nos deixa muito impacientes, e vamos strás do Dr. Google buscar informação. Certo? Pois é, é o que nós e tantos outros casais e futuras mamães acabam fazendo. Mas cheguei a conclusão que estamos todos errados ao fazermos isso. Esta conclusão não veio apenas pelas conversas que tive nos últimos dias com amigos, como o Enéas, o Marcos, e médicos que vivem dizendo isso para a gente. Parti do princípio do dito popular que diz que notícia ruim chega logo. E é verdade. Os mecanismos dos buscadores na internet fazem isso também. Você acha que um cidadão que leva a vida numa boa, bem de saúde tem motivos para ir para o noticiario? Mas com certeza se um indivíduo tem um caso rarissimo ele vai ser notícia. Logo as consultas sobre este caso vão ser cada vez maiores. Pensando em tudo isso, volto ao princípio. Antes não existia ultra-som, e os bebês nasciam, e tinham mães que tinham problemas na gravidez, no parto etc. O ultra-som veio para auxiliar, e principalmente antecipar o que só se poderia saber depois do parto. Isso significa que estamos muito mais preparados hoje que no passado, podendo evitar riscos. E como sempre cada mãe tem sua história, a que fez parto normal, a que fez cesariana, a que teve com 6, 7 , 8 e as que têm com 9 meses. As que tiveram muito líquido, as que tem pouco líquido, as que placenta diminuta, as que tem grande. Enfim são inúmeros casos e inúmeras combinações. Quando o médico nos diz que não devemos tentar achar na internet o que achamos que temos, ele tem toda a razão. Principalmente os futuros pais. Esta busca nos traz angústia, impaciencia, e pode virar stress. O que não é bom para o casal e principalmente para as mamães.
Se este blog pode aconselhar alguém, o conselho é esse, não tente descobrir sozinho ou sozinha na internet. Fale com seu médico, se duvidar procure outro, mas o médico é a melhor fonte de informação. A grávida tem que ser a paciente do médico e ter a paciência de esperar o tempo necessário a chegada do bebê.