28 junho 2011

Estar envolvido é isso

A Maria Emília nem nasceu, e cá estou mais uma vez pensando no futuro dela, e em que vou fazer para tentar fazê-la feliz. Este é outro vídeo no qual me imaginei no lugar deste pai. Divertido.

26 junho 2011

Móveis

Hoje finalmente montei o berço, a primeira peça do quarto da Maria Emília, na verdade a segunda, já tínhamos o criado mudo. Como já comentei em outra postagem, este berço já foi do André e do Pedrinho, e mais recentemente da Clarinha. Ganhamos, e resolvi  dar uma modificada na pintura. Deixei no estilo provençal como será o guarda-roupas e a cômoda. Aliás, estas duas peças nos assustaram na sexta-feira. Decidimos compra-los diretamente de um fabricante de Itatiba. Já faz uns 15 dias fechamos a compra com eles depois de ter visitado a loja. A entrega ficou combinada para 30 dias. Como o vendedor nos disse que poderíamos ver o móvel antes de pintar, aproveitamos esta ponte do feriado para dar um pulo lá. Quão não foi a nossa surpresa ao descobrir que o material usado nos móveis não fora o combinado. Quando a mamãe da Maria Emília ficou sabendo, ficou desesperada. Na fábrica explicamos para o dono que quando decidimos ir a Itatiba ver móveis, era porque queríamos de madeira, e não MDF. Não que não seja um bom material, mas nos tínhamos motivos para querer madeira. O senhor pediu desculpas e nos tranquilizou dizendo que vão refazer em madeira, dentro do prazo, ou seja antes da Maria Emília chegar, e ainda nos garantiu que se ela vier antes e não estiver pronto, ele empresta um outro novo que tem até o término. Ficamos satisfeitos, pelo menos por enquanto. Aproveitamos o resto do dia para conhecer o Outlet Premium, que é perto, também fomos a Jundiaí para conhecer a casa nova do Dudu e da Adri. Muito bacana, ficamos muito felizes por eles darem mais um passo importante em suas vidas. O espaço que os meninos terão para brincar é muito maior do que os que eles têm hoje, e tem grama. A Maria Emília também vai adorar. Falando de quarto, móveis e casa, lembrei da canção de Vinícius de Moraes, eternizada por Toquinho. Achei esta animação muito bem humorada, que mostra da melhor forma o nada da casa.

Será que um dia...

Achei este comercial, e fiquei pensando, será que um dia a Maria Emília vai fazer isso comigo?

A felicidade pode vir de várias formas, e por que não dessa?

23 junho 2011

Além do horizonte










No dia 12 de junho havia separado esta música para postar. A data era realmente especial, quando os casais têm oportunidade de refletir suas relações .  é um bom momento para avaliarem o quanto são felizes e o quanto fazem seus parceiros felizes. Mesmo assim alguns consideram simplesmente uma boa data para trocarem presentes. Pois este ano nós fizemos a avaliação, e concluimos juntos que nós nos fazemos felizes.

No nosso caso o dia dos namorados precede uma data muito particular para nós dois, o nosso aniversário de casamento. Quando, mais uma vez surge a reflexão, e a conclusão é a mesma.

Este ano nosso presente veio de terceiros, bem cedo. Fomos para mais um ultra-som. Mais uma oportunidade de ver a Maria Emília na telinha.  Logo na nossa chegada, a Doutora já exclamou: "Que barrigão!" . Um comentário bastante importante para nós, que no fundo dizia que ela estava muito bem. Quando ela ligou o aparelho e deslizou pela barrigona da mamãe, já pudemos notar uma imagem mais nítida , o que para mim já era o sinal de que provavelmente o nível do líquido amniótico teria crescido. E eu estava certo! A médica disse que o nível estava melhor, e agora dentro do esperado para o período gestacional, e que não precisávamos nos preocupar mais. Este foi nosso primeiro presente . Pouco depois a mamãe foi para o consultório do obstetra que analisou os exames, confirmou o que a Doutora disse, e acrescentou que a Maria Emília está crescendo muito bem, resultado do AAS que esta ajudando o sangue a levar os nutrientes para ela,

Então a noite comemoramos, os três, com um jantar fora...











21 junho 2011

Mudança de hábitos

De repente, a mamãe passou a comer mais. Ela sempre cuidou de sua alimentação mas ultimamente ela me surpreendeu. Passou a ter mais fome, e comer muito mais. Será que é a Maria Emília pedindo mais? Não sei. Pode ser também o medicamento que ela teve que tomar por indicação médica. Sei que depois de um belo bife, ela ainda traçou um hamburger. Não que seja a comida mais saudável do mundo, mas estávamos no América eu pedi um sanduíche e ela um grelhado com saladinha. Comemos, quando acabamos pedi a sobremesa, e ela um hamburger. Isso num sábado a noite. Conhecendo-a como conheço, só posso dizer que tem dedinho da Maria Emília ai. Cabe esclarecer que nem ela nem eu somos adeptos a comilanças. Temos hábitos bastante saudáveis, com saladas verdes e sopas a noite. Cabe esclarecer também que gostamos de churrasco, que para nós são eventos sociais muito interessantes, e até comemos, mas menos do que a maioria come. Atualmente ela precisa realmente se alimentar bem, e principalmente em maior quantidade, afinal são duas.

20 junho 2011

Cuidados prévios

Entre tantas coisas que a mamãe tem feito, ela se preocupou em deixar as roupinhas da Maria Emília preparadas. No sábado passado ela foi comprar vestimentas que faltavam, e durante a semana lavou com todo o cuidado que estas roupas merecem. Neste campo minha participação foi de comprador do primeiro lote de fraldas. Foram 400 RN.  Para quem não sabe, como eu não sabia, RN é recém nascido. Será que dá para 2 meses? Bem pelo que entendi isso vai depender de como o intestino da Maria Emília vai funcionar nos primeiros dias de vida.

Mulher rendeira

Hoje trabalhei bastante no berço, dei mais duas mãos de tinta onde precisava. As grades ficaram prontas, deixei no estilo provençal, pelo menos é esse o nome que a mamãe me disse que é. Para dar este efeito, depois de pintado, raspei com cacos de vidro os cantos da madeira. Ainda falta a cabeceira. Para terminar, calculo que preciso de mais meio dia, ou seja no feriado estarei trabalhando nisso. Com o berço pronto, a mamãe terá onde utilizar suas obras. É ela tá caprichando nas peças que cobrirão o bercinho. Estou a cada dia mais impressionado com a qualidade do trabalho dela, que realmente tem jeito pra coisa. Parei para vê-la trabalhando e lembrei de uma música que minha tia cantou uma vez numa viagem nossa para no Rio, quando eu era criança. E a música ficou na minha cabeça.

18 junho 2011

Alimentação

O tema do Globo Reporter desta noite foi hormônio. Apresentaram matérias sobre diversos hormônios e comentaram o quanto cada um é importante para nossas vidas, mostrando em que época da vida é mais ou menos necessário e como são produzidos. Este programa sempre traz boas matérias, e a alimentação, vira e mexe é o tema deles, só que hoje não falaram diretamente de alimentos, porém mostraram em varios momentos como estão diretamente relacionados os dois assuntos. O que me chamou mesmo a atenção foi a alimentação materna durante a gravidez e o futuro do bebê. Para resumir, deixaram claro que quanto mais bem balanceada é a alimentação da grávida o bebê tenderá a ter menos problemas de saúde como diabete, problemas cardíacos, renais, e até obesidade. Um experimento com ratos demonstrou o quanto é importante isso. Duas ratas de mesmo porte físico foram alimentadas de forma diferente durante a gestação. Para uma davam uma ração saudável, para a segunda ração com 20% a mais de gordura. Os filhotes nasceram com pesos diferentes, a ninhada da dieta saudável da mãe tinha peso normal para a espécie. A outra ninhada, os animaizinhos
tinham sobre peso. Sempre acreditei que que a boa alimentação desde cedo nos ajuda a evitar doenças naturalmente. Vendo esta matéria ficou mais evidente que antes de nascermos, ou seja, mesmo durante nossa formação dentro da barriga, vale muito a pena que que a mãe se alimente bem. Tão importante quanto se alimentar bem durante a gestação, os bebês devem ser bem alimentados logo que chegam. Isso significa a amamentação deve acontecer, e a mãe deve seguir se cuidando também, afinal para produzir leite de qualidade, deve se alimentar com qualidade. No dia que postei sobre amamentação minha mãe me enviou este texto que gostei muito e compartilho com vocês leitores, da Cláudia, irmã do Fê:



Amamentar  por quê?
de Dra. Claudia Ostwald Luz Vilardo - pediatra

Amamentar, porque é bom para a mãe, diminui o sangramento depois do parto, a mãe retorna ao peso mais  rapidamente, diminui os riscos dessa mãe desenvolver cancer de mama e de ovário. 

Amamentar, porque é bom para o bebê, tem os nutrientes certos para o desenvolvimento físico e intelectual do  bebê. Por mais que o homem tente, até hoje não conseguiu nada parecido com o leite materno. Protege contra infecções e alergias. Da segurança ao bebê, ele se torna mais confiante, seguro e amado. 

Amamentar, porque é barato, é dado por Deus e não precisa ser comprado.  

Amamentar, porque não dá trabalho, já vem na temperatura e quantidade certa. 

Amamentar, porque é prático, basta abrir a blusa e abraçar o bebê.

Amamentar, porque é ecológico, não polui a natureza, já que não tem lixo para ser jogado 
fora. 

Amamentar, porque fortalece o vinculo mãe e filho. É um momento onde há troca de carinho, afeto,  compreensão, cumplicidade e amor... 

Amamentar, porque previne a violência. Pois onde existe carinho, compreensão e amor, não existe violência. 

Será que nós nos tornamos, ao longo dos anos, um povo mais violento porque passamos a amamentar menos?  Será que o mundo hoje não está necessitando, justamente, amamentar para ser um mundo melhor?  

Por essas e outras razões, amamentar é  Preciso.


16 junho 2011

Um dia filha outro mãe

Indo muito mais além, um dia a filha se torna mãe, e a filha desta mãe um dia cresce. Outro dia o Salomão Schvartzman na Band News reproduziu um texto da colunista carioca Maria Lúcia Dahl. Hoje me peguei pensando no futuro das duas, e trouxe para cá o que foi escrito:


Uma é mãe, a outra é filha. Uma, a extensão da outra, difícil destino que se entrelaça,
revolta, recusa-se, esperneia, reflete-se, trapaceia. Uma é a outra amanhã, outra foi
aquela ontem. Uma sabe, intui, adivinha o que a outra esconde, inverte, imita, finge que
não é. Uma menina, outra mulher.
Brincando de casinha de boneca, procurando estrela do mar, fazendo castelo,
aprendendo a nadar.
-Não quero comer, não quero.
-Come os legumes, eu espero. Olha só o aviãozinho. Anda, vai logo, come, se não, o
aviãozinho some!
À noite a mãe conta história. A filha tem medo da bruxa.
-Que maldade, mamãe, puxa!
-Não tem que se preocupar! Branca de Neve caiu dura, mas chega o Príncipe e a coisa
toda muda de figura!
Se a mãe sai, a filha lhe deixa bilhetes presos na parede e fica esperando a mãe,
balançando-se na rede.
-Espera, não lê agora. Ainda não está na hora. Assim que a gente deitar, você pode
começar.
Saem, riem se completam. Não querem saber de ninguém. Ficam as duas muito bem.
A mãe veste a blusa da filha, a filha, a saia da mãe. Mães e filhas refletidas numa
inversão divertida.
Mas a filha vai crescendo e a mãe nem vai percebendo.
A mãe corta o cordão umbilical da filha quando nasce. A filha, quando adulta, corta os
laços. A mãe, pra existir, se dá à filha. A filha, pra poder viver, a rejeita.
Em que momento da vida deixaram de ser cúmplices? Quando é que pararam de se
divertir? Contar histórias? Trocar de roupa, rir? Desde quando que a mãe chora?
Quando é que a filha foi embora?
Uma já viveu, ao seu modo o que a outra vive agora.
A filha é a criança da mãe. A mãe, o super-ego da filha.
A filha se enche de inpaciencia diante da mãe, a mãe, de dor pela filha. Ambos os
sentimentos se extrapolam em ninharias ridículas. Uma fez isso, outra, aquilo. Uma agiu
assim, outra assado.
-Olha, mãe, tudo acabado.
-Quem tem razão, as mães ou as filhas?
A filha não agüenta mais nada. A mãe sempre agüenta mais uma. As dores são ondas
que oscilam de intensidade. Uma ou outra mais forte, tira-lhe o fôlego, joga-a no chão.
Nada que não a faça voltar à tona, ver de novo a onda verde, retomar a respiração.
A filha nada contra a mesma maré que um dia embrulhou a mãe. A mãe estende-lhe a
mão, delicada.
A filha recusa, indignada..
-Me deixa nadar sozinha.
Sempre a mesma ladainha...
Quantas ondas grandes a mãe teve que furar? Quantas arrebentações driblar? Onde
estará ela, a filha? Ali boiando, esquecida, e a mãe a se preocupar que se afogue, nas
ondas verdes da vida.
-Me empresta o carro pra eu ir à festa?
-Por que não põe uma roupa mais transada, uma blusa decotada, um vestido de outro
tom? Minha filha, não acredito: cê vai sair sem baton?
-Ai, meu saco, vou-me embora. Dá pra me emprestar agora?
-Depois dorme aqui, vê se come...
-Esquece. Não quero ficar.
-Pena...tinha tanta coisa pra contar...
-Ora, mãe, pára de fazer drama. Ce quer mesmo é cair na cama...
-Vai de novo viajar?
-E você, me controlar? Saco! Ta mais que na hora! Escuta, mãe, vou-me embora..
-Não esquece de apagar a luz, fechar a porta...cuidado com a violência...
-Ai, mãe, tenha paciência...
Em cima da mesa um bilhete: “mãe, desculpe o mau humor, mas é que eu ando uma
pilha!”
Quem tem razão? As mães ou as filhas?

15 junho 2011

Supermães

O post de hoje é dedicado uma personagem que eu curtia muito na minha adolescência: The Supermãe do Ziraldo. Era uma mãe que fazia de tudo por seu filho, o Carlinhos. Lembro que o Ziraldo publicava na última página da revista Claudia. Então para poder ler tinha que pegar as que minha mãe comprava ou de tias, e em consultórios. Lembrei deste personagem porque, hoje indo para o trabalho de metrô, encontrei com a irmã de um amigo e soube por ela que ele vai se casar em agosto. Fiquei super feliz, principalmente porque tive a oportunidade de conhecer a sua noiva no começo do ano, que é muito bacana. O casamento eu já sabia que ia acontecer, afinal eles deixaram claro que tinham esta intenção antes de viajarem. O que me surpreendeu foi saber que a mãe dele, que tem mais de 70,  além de ir sozinha para a Alemanha, está aprendendo inglês para poder se comunicar com sua nova nora, já que esta ainda não fala nossa língua. Mãe é mãe, o que elas não fazem por seus filhos. Estou sim mais sensível para estes pequenos atos que antes passavam despercebidos. Ontem mesmo ao voltar para casa, quando vi a futura mamãe em novos afazeres, que incluem além do patchwork, tem feito comidinhas simples e deliciosas. Hoje pela manhã até fiz um comentário para ela sobre o quanto tenho admirado o empenho dela, a cada dia. E essa admiração não é só pela barriguinha e seu conteúdo, mas pelos seus atos que desde já a transformam em uma mãe de verdade. Sei que ela vai ser uma Supermãe

14 junho 2011

Informação em excesso é prejudicial a saúde

Sabe aquela sensação de ter tanta coisa para escolher e ficar perdido? Pois então o meu post de hoje tem um pouco a ver com isso, o excesso que não faz bem. A dúvida não ajuda, mas quanto mais opções temos mais perdidos ficamos, e nossa cabeça não para. A angústia aparece e nos domina. A gente nem percebe mas nosso coração bate diferente, a ansiedade também se faz presente.
Pois bem, hoje vivemos neste mundo, onde tudo e para todos as possibilidades são infinitas, e não param de crescer. Antes do Collor, tínhamos VW, GM, Fiat e Ford, agora qualquer marca e modelo é fácil achar. Para falar com nossos pais da rua era necessário achar um orelhão, agora todo mundo tem um telefone celular. Tudo evoluiu. Além dos livros e escolas nos informávamos primeiro pelo jornal, depois pelo rádio, e depois veio a TV aberta, e não parou mais. Não sei ainda como vai ser para a Maria Emília. Não sei se o Google vai mesmo virar oficialmente um verbo, mas hoje ele resolve tudo. Na verdade não. Ele também esta ai para confundir, frustrar e angustiar. O antigo hábito de fazer consultas a livros e a especialistas está perdendo espaço para ele, o Google. Sabe aquela situação na qual você tinha uma dúvida sobre carro e perguntava para o amigo expert no assunto, pois é, atualmente você pode dispensar o amigo nestas horas. Na verdade é uma opção sua, mas que está muito mais a mão está. Eu mesmo uso o tempo todo. Uma receita de um bom prato ou do mais corriqueiro, digita lá estrogonofe, vão aparecer inúmeras receitinhas. Vão ser diversas, e cada uma para paladares distintos. Umas com carne, outras com frango, incluindo champinhon, outras com conhaque, outras com catchup e mostarda, enfim, diversas. Pois é a informação é coletiva. Você encontra tudo aqui, a questão é separar o joio do trigo. Coisa nada fácil, principalmente se somos leigos. E em matéria de saúde somos todos leigos. Não acredito que o caso de Fulano, Ciclano  ou Beltrano possam ser exatamente iguais em se tratando desta área que muito ainda temos que aprender. Desde o uso de um xarope até o uso de um forte antibiótico, só o especialista, que normalmente chamamos de médico, pode dar opinião. Do latim Medicus, derivado de mederis que quer dizer tratar a doença de alguém- pesquisei no Google! Veja que alguém é alguém e não qualquer um. Claro que estudos são feitos e casos são comparados, e os sintomas iguais ou semelhantes podem ser tratados da mesma maneira. Mas quem define isso é o médico que acompanha o paciente. Alias, essa é outra palavrinha muito interessante e utilizada em duas situações. Uma delas usei aqui, ou seja quem está sendo acompanhado por um médico é um paciente, e aquele que sabe esperar também tem que ser paciente. A questão toda deste post está justamente no impaciente, ou seja aquele que não sabe esperar. Quando alguém como eu, que sou por natureza impaciente, não espera, ele vai atrás. E muitas vezes se dá mal. Mas o que tem isso a ver com o tema deste blog e a medicina. Para alguns já está claro, mas não custa esclarecer. Esta espera que vivemos hoje, nos deixa muito impacientes, e vamos strás do Dr. Google buscar informação. Certo? Pois é, é o que nós e tantos outros casais e futuras mamães acabam fazendo. Mas cheguei a conclusão que estamos todos errados ao fazermos isso. Esta conclusão não veio apenas pelas conversas que tive nos últimos dias com amigos, como o Enéas, o Marcos, e médicos que vivem dizendo isso para a gente. Parti do princípio do dito popular que diz que notícia ruim chega logo. E é verdade. Os mecanismos dos buscadores na internet fazem isso também. Você acha que um cidadão que leva a vida numa boa, bem de saúde tem motivos para ir para o noticiario? Mas com certeza se um indivíduo tem um caso rarissimo ele vai ser notícia. Logo as consultas sobre este caso vão ser cada vez maiores. Pensando em tudo isso, volto ao princípio. Antes não existia ultra-som, e os bebês nasciam, e tinham mães que tinham problemas na gravidez, no parto etc. O ultra-som veio para auxiliar, e principalmente antecipar o que só se poderia saber depois do parto. Isso significa que estamos muito mais preparados hoje que no passado, podendo evitar riscos. E como sempre cada mãe tem sua história, a que fez parto normal, a que fez cesariana, a que teve com 6, 7 , 8 e as que têm com 9 meses. As que tiveram muito líquido, as que tem pouco líquido, as que placenta diminuta, as que tem grande. Enfim são inúmeros casos e inúmeras combinações. Quando o médico nos diz que não devemos tentar achar na internet o que achamos que temos, ele tem toda a razão. Principalmente os futuros pais. Esta busca nos traz angústia, impaciencia, e pode virar stress. O que não é bom para o casal e principalmente para as mamães.
Se este blog pode aconselhar alguém, o conselho é esse, não tente descobrir sozinho ou sozinha na internet. Fale com seu médico, se duvidar procure outro, mas o médico é a melhor fonte de informação. A grávida tem que ser a paciente do médico e ter a paciência de esperar o tempo necessário a chegada do bebê.



12 junho 2011

Do outro lado


Hoje foi dia de corrida, e infelizmente sem treino e com a garganta ruim não teria condições de fazer os 10 km que estava inscrito. Mas ir até o Jóquei Clube às 7:30 da manhã com este frio todo e desistir de correr seria muito chato. Para não desistir totalmente mudei de categoria, e corri os 5 km.  Coloquei os fones nos ouvidos e fui. Fiz uma corrida tranquila sem grandes esforços, e aproveitei para prestar mais atenção nas letras das músicas. A música que me fez refletir foi Pais e Filhos, do Legião Urbana, mais especificamente a estrofe que diz: você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo, são crianças como você, o que você vai ser quando você crescer?. Em 1989 quando ouvi pela primeira vez esta estrofe, fiquei pensando o quanto isso era verdade, e vesti a carapuça. Me sentia culpado em diversas ocasiões, quando rolavam os arrependimentos momentâneos. Naquela ocasião já não era mais uma criança, tinha 23 anos, e nem pensava em filhos, mas pensava como filho.
Hoje correndo me dei conta que um dia nossa  Maria Emília deverá passar por esta fase, daqui a uns quinze ou vinte e poucos anos. Ai me vi preocupando em como prepara-la para esta vida.
Guimarães, PT- Out 2010
Não sei ainda como, mas quero que ela possa encontrar seu castelo, possa descobrir onde moram suas afinidades, para ser feliz fazendo o que gostar. Para mim a criança deve saber seu potencial desde cedo, e aprimora-lo constantemente, para isso precisará ter oportunidades, e é isso que quero proporcionar. Durante esta última semana ao conversar com o André, falávamos que mais do que melhorar os pontos fracos do ser humano, o importante é saber o que ele faz de bom, e dar subsidios para que um dia o bom se torne ótimo, e que tenha possibilidades de atingir a excelência plena no futuro.  O tempo despendido com tentativas para o que não faz parte de seus "dons" naturais pode custar a felicidade lá na frente. Talvez ainda seja muito cedo para pensar nisso, mas é de cedo que se torce o pepino.

11 junho 2011

Comer x Amamentar

Como era de se esperar sigo antenado a tudo que diz respeito a gravidez, filhos, educação e afins. E como ouço muito rádio, sempre que algum locutor ou jornalista fala sobre estes assuntos, automaticamente, ato reflexo, minha mão se dirige ao volume do aparelho. Aumento o som para escutar melhor, e minha atenção se volta ao que vai ser dito. Já faz algum tempo ouvi a colunista da Band News, Ines de Castro, falar sobre amamentação. Amamentação para mim sempre foi um tema importante mesmo antes de minha esposa estar grávida. Já ouvi muito médico falar sobre a importância do leite materno no desenvolvimento do bebê, e avós ou parentes darem depoimentos sobre adultos que quando crianças consumiram muito leite materno e que por isso são grandes. Não sei o quão isso é verdadeiro ou não, mas tenho certeza que fatos como este dependem de uma série de variáveis, inclusive genéticas. E geneticamente creio que a Maria Emília não será uma mulher de grande estatura. Porém estarei sempre disposto a incentivar a mãe a amamentar, sempre na medida do possível.
Mas o comentário de Ines de Castro na ocasião era sobre locais de amamentação, e para mim assim como temos nosso ritual para fazermos nossas refeições, com horário para café da manhã, almoço e jantar, e na maioria das vezes reunidos em uma mesa, sentados utilizando pratos e talheres, o bebê também tem que ter seu ritual. O ser humano deve ter este local e horário para a amamentação desde pequenino. Existem culturas e sociedades diferentes com distintos rituais. Na nossa sociedade, ou pelo menos na minha, a mãe que amamenta deve estar em um local tranquilo com o bebê, se dedicando a ele neste momento. Locais com muita gente devem ser evitados, eu acredito que nestas situações a qualidade alimentação da criança pode ser afetada. Nós adultos quando comemos em lugares tumultuados e com pressa sentimos a diferença principalmente na digestão. Não sei bem quais são as causas de problemas como ulceras e gastrites, mas o stress durante a alimentação deve sim afetar. Em Londres uma mulher foi expulsa de um bar por amamentar, e estaria organizando protestos contra a reação dos clientes do bar. Concordo que o bebe deve ser alimentado, mas como falei anteriormente, o local não é o ideal no caso da londrina. E é esse o ponto da Ines de Castro em sua matéria.


Tá Na Hora de Mamar

Palavra Cantada

Da floresta da Tijuca ao sertão do Ceará
Do Egito até a China, do Saara ao Canadá
Todo bicho quer brincar, mas é hora de mamar
Mamãe-bicho tem paciência e não cansa de chamar
Diz que se passar da hora o bichinho vai chorar
Macaquinho vem pra cá, tá na hora de mamar
Macaquinho já mamou tudo o que tinha pra mamar
Mas estou vendo no muro um gatinho angorá
Hei, gatinho, vem pra cá, tá na hora de mamar!
O gatinho já mamou tudo o que tinha pra mamar
Mas no pasto o carneirinho não se cansa de berrar
Carneirinho vem pra cá, tá na hora de mamar
Carneirinho já mamou tudo o que tinha pra mamar
Mas eu sei de uma preguiça com preguiça de acordar
Hei, preguiça, acorda já, tá na hora de mamar!
A preguiça já mamou tudo o que tinha pra mamar
Já chamei 2, 3 vezes o golfinho lá no mar
Hei, golfinho, vem pra cá, tá na hora de mamar!
Todo bicho quer brincar, mas é hora de mamar...

09 junho 2011

Patch & Work

Wordle: Patchwork
Se a Maria Emília pudesse ver como a mãe dela fica feliz com os preparativos para sua chegada, tenho certeza que iria adorar. Apesar de não ver sei que ela sente. Além dos exames e do acompanhamento médico, temas relacionados com a preparação do quarto,  roupinhas ou móveis ocupam grande parte da mente da mamãe nos últimos dias. Confesso que algumas coisas como ter os móveis prontos tem um espaço reservado nas minhas atuais preocupações. Nós gostamos muito de por a mão na massa e fazer coisas para nós mesmos ou para presentear. Não é uma questão de economia, mas muito mais de, com prazer, dar valor "extra" ao que vamos dar a nós mesmos ou a outros.
Uma das coisas que tem deixado a mamãe muito contente é o curso que está fazendo de patchtwork. Para quem não sabe, Patchwork em inglés significa trabalho com retalhos. Ou seja é aquele trabalho com pedaços variados de tecidos, no estilo da colcha da vovó. Lembro de quando criança ver tias e avós com almofadas e colchas neste estilo em suas casas. Não sei se elas mesmas produziam, mas tenho na memória peças com tecidos variados usados, até mesmo recortes de roupas velhas. Atualmente não é mais assim, tudo é feito com cuidado e com tecidos específicos. O curso já está fazendo efeito, e a primeira colcha da Maria Emília está quase pronta. Hoje a mamãe deu o primeiro passo para mais uma obra, se abasteceu com o material para os adereços do berço que vai se aventurar nas próximas semanas. A escolha dos tecidos foi perfeita. Agora é mãos a obra!

08 junho 2011

Mais água, sempre

Conforme agendado, estivemos hoje em mais um ultra-som morfológico, com a mesma médica. Maria Emília está bem, tudo funcionando e nas medidas certas. Como já comentei em post anterior, nossa maior expectativa era mesmo para saber sobre o líquido amniótico, se ele estava evoluindo com tanta água que a mamãe tem tomado. Na verdade não houve uma evolução ainda, esperávamos um resultado melhor. A médica deixou claro que se considerasse apenas as medidas apontadas pelo equipamento, o nível estaria dentro da curva, ou seja dentro do esperado, um pouco abaixo da média.
Porém o que ela pode visualizar na tela do aparelho levou-a a diagnosticar uma quantidade de liquido ainda aquém  do necessário. Mas ao mesmo nos tranquilizou dizendo que o consumo de água segue sendo muito importante e que se continuar assim, sem baixar, não haverá problema. Quando falo que ela nos tranquilizou, quero dizer me tranquilizou, porque a mamãe ficou preocupada. Ela também notou que a placenta está com um volume grande e que não deve crescer mais, portanto não devemos nos preocupar também. Depois do laboratório a mamãe seguiu para o obstetra com os exames. E ao chegar lá descobriu que ele já havia recebido a ligação da doutora que fez o exames, o que achei ótimo pois só o relatório e as imagens não seriam suficientes para o entendimento. O médico brincou com a mãe, e pediu para tomar  AAS para o sangue "afinar", e não ter problemas futuros. Ela segue a indicação médica, e fará exame de sangue nos próximos dias. O ultra-som será feito quinzenalmente.

06 junho 2011

Registro

Este final de semana tivemos a visita ilustre de Natália e Heloísa. A mais velha de 7 aninhos nos brindou com suas letrinhas em nosso quadro negro, grafando o nome de nossa filhinha onde antes estávamos somente nós dois.

Coraçãozinho

Desenho de Natália
Sexta-feira foi o dia de ver o coraçãozinho da Maria Emília. Este exame foi sugerido pela médica que fez o último ultra-som morfológico. É um exame importante, e que nem todos médicos pedem e por isso a maioria dos pais não o fazem. Mesmo nos primeiros meses da gravidez é possível diagnosticar algum eventual problema cardíaco no feto, e se necessário, o que possibilita o início de um tratamento adequado ainda durante a gravidez. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que esse exame seja parte da bateria de exames do pré-natal, para qualquer gestante.

O médico que faz este exame é  um cardiologista. Ele analisa as dimensões do coraçãozinho e se seu funcionamento. Tivemos a felicidade de ter uma médica muito bacana que teve paciência de nos explicar tudo e ainda esclarecer nossas dúvidas. Deu para ver e ouvir os batimentos. Tudo direitinho, como deve estar nesta fase. Esse diagnóstico me deixou tranquilo.

Sabia que este exame era para o coração, mas imaginava poder ver se o líquido aminiótico havia aumentado. A médica esclareceu que não era possível dizer se houve variação ou não,  primeiro porque ela não tinha um parâmetro, e segundo porque a especialidade dela é cárdio. Mas mesmo assim insistimos e ela disse que o volume estava baixo, mas não tinha condições de dar detalhes.

A mamãe segue tomando os 3 a 4 litros por dia de água, e para sabermos se esta rotina esta ajudando temos que esperar o próximo ultra-som na terça-feira, que vai ser um novo morfológico, e vai dar para comparar com o anterior. Neste mesmo dia a mamãe tem consulta com o obstetra. Temos que esperar mesmo.

02 junho 2011

Ela vem chegando








Menininha
Vinícius de Moraes

Menininha do meu coração
eu só quero você
a três palmos do chão
Menininha não cresca mais não
fique pequinininha
na minha canção
Senhorinha levada
batendo palminha
fingindo assustada do bicho-papão
Menininha que graça é você
uma coisinha assim
começando a viver
fique assim
meu amor
sem crescer
porque o mundo é ruim
é ruim e você vai sofrer de repente
uma desilusão porque a vida é somente teu bicho-papão
fique assim,
fique assim,
sempre assim
e se lembre de mim
pelas coisas
que eu dei
e tambem não se esqueca de mim
quando você souber enfim
de tudo o que eu amei...

01 junho 2011

Álcool na gravidez

Desde que me descobri um futuro papai, fiquei de ouvidos mais atentos a tudo que se refere a gravidez e a bebês. De tudo que tenho ouvido e lido nos últimos meses, um assunto que me chamou especial atenção logo no começo foi o efeito do álcool para grávidas. Lembro de quando adolescente ter visto mulheres grávidas em ocasiões festivas, tomarem uma cervejinha. Depois passei a ver menos, mas forçando a memória me lembro de nos anos 80 ter dividido pelo menos uma mesa de bar com uma gestante, o que na ocasião não era fora do comum. Hoje os médicos sérios não recomendam, e muito pelo contrário, proíbem. E foi assim conosco, ela não pode beber nada. Não somos mesmo de beber, conseguimos abstinência fácil fácil, mas quando soubemos que estávamos esperando um baby, me deu uma vontade de comemorar com com a mamãe com um vinhozinho, mas não rolou não. Depois com familiares e amigos eu até comemorei com bebida alcoólica , mas ela bebeu um suco.

Ontem pesquisando na web, encontrei supostos anúncios com  fotos de modelos grávidas com um copo de cerveja na mão. Na verdade uma cerveja sem álcool, mesmo assim estava claro para mim que estas fotos seriam montagens de mal gosto, afinal quantos sites fazem piadinhas com anúncios fakes de marcas verdadeiras? Muitos. E acabo de ficar surpreso ao saber que realmente foram peças criadas por publicitários de uma grande agência, porém estas peças não teriam sido aprovadas pelo cliente, que se manifesta no  blog da Schin em 2008  e esclarece que o material vazou. O pior é que vários blogs publicaram as fotos como se a marca realmente tivesse publicado tal absurdo.

Ai fui a fundo sobre a cerveja sem álcool, e o que realmente me chamou a atenção foi encontrar publicações que informam que a cerveja sem álcool tem ÁLCOOL. É um teor muito baixo, menos de 0,3%, mas tem. Portanto se existe alguma recomendação médica de cortar o álcool, nada de tomar cerveja sem álcool!

Para quem quiser saber mais, recomendo a leitura do artigo  Efeitos do Álcool em Fetos, que esclarece muito sobre os malefícios da bebida para gestantes.





Nossa casa

Estamos desenhando o quarto de Maria Emília. Encomendamos o guarda-roupa e a comoda lá em Itatiba. Escolhemos o estilo provençal, branquinho com as beiradas levemente descascadas. Optamos por um estilo mais antigo, nada de armário embutido, ou seja, tudo móvel. Não sabemos quando podemos decidir mudar de casa, e queremos levar. Por este motivo procuramos material de boa qualidade. Assim também podemos comprar uma coisinha aqui outra acolá, como no Depósito Santa Fé, onde aproveitamos uma promoção e compramos um criado-mudo. O berço, ganhamos. Ele já foi do André e do Pedrinho, e recentemente foi usado pela Clarinha,  priminha deles, que quando visitava a avó dormia nele. Estou trabalhando nele, quando me sobra tempo. Fazendo uma reforma
na verdade lixando e irei pintar nos próximos dias. A intenção é deixá-lo no mesmo estilo dos outros móveis. Queremos deixar tudo pronto antes do sétimo mês. Caso adiante, Maria Emília já terá seu cantinho. E de certa forma será o nosso maior convite para ela chegar, a final Maria Emília:
A CASA É SUA!



A Casa é Sua
Arnaldo Antunes

Composição : Arnaldo Antunes e Ortinho

Não me falta cadeira
Não me falta sofá
Só falta você sentada na sala
Só falta você estar
Não me falta parede
E nela uma porta pra você entrar
Não me falta tapete
Só falta o seu pé descalço pra pisar
Não me falta cama
Só falta você deitar
Não me falta o sol da manhã
Só falta você acordar
Pras janelas se abrirem pra mim
E o vento brincar no quintal
Embalando as flores do jardim
Balançando as cores no varal
A casa é sua
Por que não chega agora?
Até o teto tá de ponta-cabeça
Porque você demora
A casa é sua
Por que não chega logo?
Nem o prego aguenta mais
O peso desse relógio
Não me falta banheiro, quarto
Abajur, sala de jantar
Não me falta cozinha
Só falta a campainha tocar
Não me falta cachorro
Uivando só porque você não está
Parece até que está pedindo socorro
Como tudo aqui nesse lugar
Não me falta casa
Só falta ela ser um lar
Não me falta o tempo que passa
Só não dá mais para tanto esperar
Para os pássaros voltarem a cantar
E a nuvem desenhar um coração flechado
Para o chão voltar a se deitar
E a chuva batucar no telhado
A casa é sua
Por que não chega agora?
Até o teto tá de ponta-cabeça
Porque você demora
A casa é sua
Por que não chega logo?
Nem o prego aguenta mais
O peso desse relógio